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Hospitais de Campinas anunciam superlotação: saiba quais

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O Hospital PUC-Campinas anunciou sua superlotação na última quinta-feira (25), pois está operando acima da capacidade de atendimento. Em nota, a unidade comunicou que o Pronto-Socorro Adulto do SUS, com capacidade para 20 leitos, está superlotado, abrigando 75 pacientes internados.

Todos os casos são de alta complexidade. Em maio, o hospital já havia enfrentado uma situação semelhante, com 70 pacientes internados no Pronto-Socorro Adulto.

Além do Hospital PUC-Campinas, o HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) também enfrenta superlotação no Pronto-Socorro do SUS, com 80 leitos ocupados, dos 30 disponíveis, representando 170% de ocupação.

Causas da superlotação no Hospital PUC-Campinas

Segundo a unidade, a maioria dos pacientes apresenta problemas cardiovasculares, neurológicos e doenças respiratórias, exacerbadas pelo inverno. Casos como infarto ou derrame requerem acompanhamento contínuo e não podem ser transferidos para outros locais.

O hospital está operando com 55 pacientes além da capacidade de leitos disponíveis no Pronto-Socorro Adulto, representando 275% acima da capacidade de atendimento há uma semana.

Vale lembrar que o Hospital PUC-Campinas não possui um sistema de porta aberta para o SUS, contando apenas com uma ala de 20 leitos destinada a atendimentos de alta complexidade da rede pública.

Orientações para a população

Para lidar com a superlotação, o Hospital PUC-Campinas está colaborando com a Secretaria de Saúde para remanejar pacientes menos complexos. A unidade solicita que a população procure outras instituições de saúde durante este período, “para garantir e preservar a segurança técnica assistencial e o atendimento com qualidade”.

“A superlotação é comunicada diariamente aos órgãos públicos competentes e à CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde)”, informou o hospital em nota.

Efeito cascata

Além do Hospital PUC-Campinas, o HC da Unicamp também está superlotado, com 80 leitos ocupados, dos 30 disponíveis, representando 170% de ocupação. A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar informou que “nenhum paciente que necessita de internação está desassistido”.

“Enquanto espera pela liberação de leitos, os pacientes aguardam nas áreas de observação do pronto-socorro e recebem a atenção e o tratamento necessários. A taxa de ocupação, no entanto, varia bastante durante o dia, devido à alta rotatividade de leitos. Em média, 30 pacientes têm alta e outros 30 são internados em cada hospital municipal diariamente”, disse a nota.

No Mário Gatti, há 20 leitos de UTI, 146 de enfermaria e 25 de observação. No Ouro Verde, são 40 leitos de UTI, 180 de enfermaria e 10 de observação. A taxa de ocupação nos dois hospitais varia entre 90% e 95%.

Resposta da prefeitura

A Secretaria de Saúde de Campinas informou que está em processo de ampliação de mais 14 leitos em um dos convênios com a rede privada, com previsão de disponibilidade em cerca de 30 dias.

A pasta monitora constantemente a ocupação dos leitos na cidade junto à Central de Regulação, que acompanha as vagas disponíveis e o encaminhamento dos pacientes. “Esta ocupação é dinâmica e muda a todo momento”, afirmou.

Desde o início de abril, a Secretaria de Saúde está implementando medidas previstas no Plano de Contingência para períodos de sazonalidade, que aumenta a incidência de doenças respiratórias. Em maio, a administração enviou um ofício à Secretaria de Estado de Saúde solicitando urgência na abertura de vagas de baixa e média complexidade em cidades da região, destacando que o assunto já foi discutido anteriormente com a pasta estadual.

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