Porque a tempestade prevista nao aconteceu?

A tempestade que estava prevista para atingir o Estado de São Paulo neste final de semana não teve a intensidade esperada. Segundo a Defesa Civil, a previsão indicava que algumas regiões poderiam receber até 250 mm de chuva acumulada, mas até a noite de sábado, 19 de outubro, os volumes registrados foram bem inferiores.

Segundo o capitão Roberto Farina, da Defesa Civil, a redução da intensidade das chuvas foi causada por dois fatores principais. O primeiro foi a divisão da frente fria que vinha do sul em duas partes: uma se dirigiu ao Paraná e ao oeste paulista, enquanto a outra se deslocou para o oceano, retornando ao continente na Serra da Mantiqueira. Isso resultou em dois núcleos de chuva, um em Presidente Prudente e outro na Serra da Mantiqueira.

O segundo motivo foi o desvio do corredor de umidade amazônico, que originalmente deveria ter entrado no Estado de São Paulo, mas foi empurrado em direção a Minas Gerais pela frente fria. Com isso, a precipitação esperada em regiões como a capital não se concretizou.

Ainda assim, os temores de que a tempestade pudesse causar um novo apagão na Grande São Paulo, como o ocorrido na semana anterior, não se confirmaram. O número de pessoas afetadas neste final de semana foi muito menor, ficando longe dos 3,1 milhões de clientes da Enel que ficaram sem luz durante o temporal do dia 11 de outubro.

O maior índice pluviométrico foi registrado na cidade de Avaré, no interior paulista, com 96 mm, seguido de Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, que acumulou 52 mm de chuva. A capital paulista, que esperava cerca de 95 mm, registrou apenas 31 mm.

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