Da Unicamp aos Prêmios Nobel de Física e Química

segunda fase do Vestibular 2026

Os Prêmios Nobel de Física e Química 2025 tiveram destaque brasileiro: um professor e um ex-aluno da Unicamp contribuíram para as pesquisas premiadas. O anúncio foi feito nesta terça (7) e quarta-feira (8), e reforça o impacto internacional da universidade em avanços científicos de ponta.

Na Física, os vencedores John Clarke, Michel Devoret e John Martinis utilizaram o modelo teórico Caldeira-Leggett, desenvolvido por Amir Caldeira, professor sênior do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp, em sua tese de doutorado defendida em 1980.

“O que os cientistas premiados fizeram foi a constatação experimental da teoria da minha tese de doutorado”, comentou Caldeira. “Nunca imaginei que aquele trabalho teria um impacto tão grande até hoje.”

O modelo Caldeira-Leggett é um dos pilares para compreender a interação entre sistemas quânticos e o ambiente, e serviu de base para experimentos que abriram caminho para novas gerações de computadores quânticos.

Caldeira foi orientado pelo físico britânico Anthony Leggett, vencedor do Nobel de 2003, e coordenou o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Informação Quântica (INCT-IQ) entre 2009 e 2014.


Nobel de Química 2025: ex-aluno da Unicamp em destaque

Na área da Química, o prêmio foi concedido a Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi pelos estudos sobre estruturas metal-orgânicas (MOFs) — materiais inovadores capazes de armazenar gases e capturar dióxido de carbono, contribuindo para o combate às mudanças climáticas.

Entre os integrantes da equipe de Yaghi estava Ricardo Barroso Ferreira, ex-aluno de graduação e mestrado do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, que atualmente mora nos Estados Unidos.

“A Unicamp me preparou para o mundo e abriu muitas portas. Trabalhar com o professor Yaghi foi uma experiência que marcou minha trajetória”, afirmou Ferreira.

Durante sua graduação, Ferreira foi bolsista Fapesp e coautor de um artigo publicado na revista Science, um feito raro para estudantes de graduação. Ele também fez estágio no Instituto de Nanossistemas da Universidade da Califórnia, onde ajudou a sintetizar materiais capazes de capturar emissões de dióxido de carbono.

O professor André Luiz Barboza Formiga, do IQ-Unicamp, que foi orientador de Ferreira, destacou que o prêmio era “esperado há algum tempo”, pela relevância e impacto dos estudos.

Perguntas e respostas rápidas

Quem da Unicamp teve relação com o Nobel 2025?
O professor Amir Caldeira, na Física, e o ex-aluno Ricardo Barroso Ferreira, na Química, contribuíram com os estudos premiados.

Qual foi a contribuição do professor Amir Caldeira?
Ele desenvolveu o modelo Caldeira-Leggett, base teórica confirmada experimentalmente pelos cientistas vencedores do Nobel de Física 2025.

O que estudaram os vencedores do Nobel de Química 2025?
Eles criaram materiais metal-orgânicos (MOFs) que ajudam na captura de dióxido de carbono e podem reduzir a poluição.

O que representa o reconhecimento para a Unicamp?
Mostra a relevância global da pesquisa científica brasileira e o papel da universidade na formação de cientistas de destaque internacional.

Sair da versão mobile