Hortolândia espera redução nas tarifas com privatização da Sabesp

A Prefeitura de Hortolândia está atenta às implicações da recente privatização da Sabesp, que foi finalizada pelo governo do estado na terça-feira. A venda de 32% das ações da empresa, realizada em uma cerimônia na B3, em São Paulo, arrecadou R$ 14,8 bilhões para os cofres públicos.

Desde 1997, Hortolândia é uma das poucas cidades na região metropolitana de Campinas a ser atendida pela Sabesp para serviços de água e esgoto. Em uma entrevista à Rádio Transamérica Campinas, o prefeito Zezé Gomes (Republicanos) se mostrou cauteloso em relação às mudanças e aguarda a prometida redução nas tarifas.

O contrato vigente do município com a Sabesp estabelece metas ambiciosas para 2025, como 100% de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, superando as metas estaduais que são para 2029. Embora a privatização não pareça trazer vantagens imediatas, o prefeito Zezé Gomes expressou apoio à decisão do governador Tarcísio de Freitas, destacando a importância de garantir que a qualidade dos serviços não seja comprometida.

Uma das principais promessas do novo modelo é a redução das tarifas. O governo estadual planeja uma redução de até 10% nas tarifas sociais e vulneráveis para famílias inscritas no Cadastro Único (CADÚnico) com renda familiar per capita entre R$ 218 e R$ 706. Também está prevista uma redução de 1% para clientes residenciais e 0,5% para tarifas comerciais e industriais.

O prefeito de Hortolândia espera que essas reduções se concretizem, pois isso beneficiaria diretamente a população local. “Se a privatização resultar em tarifas mais baixas e a qualidade do serviço for mantida, será um avanço importante para nossa cidade”, afirmou Gomes.

Além disso, com a privatização, novas metas de universalização de serviços de água e esgoto foram antecipadas para 2029 e um Plano Regional de Saneamento Básico foi estabelecido, com investimentos previstos de R$ 260 bilhões até 2060. Até 2029, R$ 69 bilhões serão investidos para garantir que todos tenham acesso a água potável e serviços de esgoto.

Após a conclusão do processo de desestatização, a Sabesp será gerida por um novo Conselho de Administração, eleito em uma assembleia geral de acionistas. A compra de 15% das ações pela Equatorial ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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