Escolas de Hortolândia celebram Dia Internacional da Síndrome de Down com atividades de inclusão, empatia e aprendizado

Dia Internacional da Síndrome de Down

Inclusão, empatia e aprendizado foram os pilares das atividades realizadas nas 60 escolas municipais de Hortolândia nesta sexta-feira (21/03), em celebração ao Dia Internacional da Síndrome de Down. A data, instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2012, reforça a importância de valorizar a vida das pessoas com a síndrome, promovendo a conscientização e a construção de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora.

Na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Lourenço Daniel Zanardi, localizada no Jardim Santa Clara do Lago, mais de 230 estudantes do 1º ao 5º ano participaram de atividades organizadas pela professora do AEE (Atendimento Educacional Especializado), Kelly Tamashiro. Durante a semana, os alunos aprenderam sobre a Trissomia do Cromossomo 21, condição genética responsável pela síndrome de Down, compreendendo que se trata de uma característica genética e não de uma doença.

Estudantes e professores também aderiram à campanha global Lots of Socks (em inglês, “muitas meias”), usando meias coloridas e trocadas (de cores diferentes). A iniciativa, que surgiu como uma forma simbólica de chamar atenção para a data, celebra a diversidade e reforça a mensagem de inclusão, como explicou Kelly.

Dia Internacional da Síndrome de Down

O dia 21 de março foi escolhido em referência à Trissomia do Cromossomo 21, alteração genética característica da síndrome de Down, marcada pela presença de uma terceira cópia desse cromossomo.

Além de usarem meias coloridas para promover empatia e compreensão das diferenças, os estudantes também confeccionaram cartas e cartazes em homenagem a um colega da escola, Vinicius, que estuda no 2º ano A e tem síndrome de Down.

“Foi uma semana muito legal. Aprendi muitas coisas sobre a síndrome, que o Vinicius é igual, pode fazer tudo, tudinho assim como a gente”, afirmou Jamilly Pinheiro dos Santos Ferreira, aluna do 4º ano A.

“Eu já sabia algumas coisas sobre a síndrome, mas aprendi muito mais. Descobri que não é uma doença e que não é transmitida. O mais legal que fizemos essa semana foi escrever as cartas”, disse Heloisa Gabrielly Alves da Costa, de 9 anos, estudante do 4º ano A.

Na Emef Maria Célia Cabral do Amaral, no Jardim Amanda, os estudantes participaram de uma roda de conversa com Vadilson de Freitas, de 55 anos, que tem síndrome de Down. Ele compartilhou sua história com as crianças e respondeu a perguntas, em uma troca de experiências que emocionou a todos e ampliou a compreensão sobre a realidade das pessoas com a síndrome.

“Para as crianças, a inclusão já é algo natural. Elas veem o colega com deficiência em uma situação padrão, como os demais. O que trazemos é o conhecimento da parte biológica e do comportamento, para que compreendam o amigo e entendam que ele não é diferente. Primeiro, ele é amigo, e depois vem a síndrome. Esse trabalho é essencial, pois semeamos pequenos sentimentos que, com o tempo, cultivam uma sociedade mais inclusiva e acolhedora”, destacou Kelly Tamashiro, professora que liderou as atividades.

Rodas de conversa, palestras, leituras e o uso simbólico de meias coloridas fizeram parte da programação das 60 escolas da rede para celebrar a data. Atualmente, Hortolândia conta com 61 estudantes com síndrome de Down matriculados na rede municipal de ensino.

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