Em uma grande operação realizada no último sábado (19), a Guarda Municipal de Hortolândia autuou 30 pessoas em flagrante por envolvimento com cerol, aquele perigoso composto feito de vidro moído e cola usado em linhas de pipa.
Uma pessoa foi multada por vender o material e as outras 29 por utilizá-lo. A maioria dos flagrantes aconteceu nos bairros Jardim Boa Esperança e Jardim Metropolitan, na região do Novo Ângulo, com presença significativa de pessoas vindas de cidades vizinhas, como Sumaré, Monte Mor, Campinas e Americana.
Multa para quem usa cerol em Hortolândia
Todo o material cortante foi apreendido e os responsáveis receberam multas pesadas. Em Hortolândia, tanto a venda quanto o uso de cerol são considerados crimes, conforme a Lei Municipal nº 4.071/2022. A multa pela venda chega a R$ 1.427,85 (300 UFMHs), enquanto o uso rende punição de R$ 713,00 (150 UFMHs). Desde 4 de maio, já foram feitas 47 autuações relacionadas ao uso ou comércio do material ilegal.
As ações fazem parte de uma ofensiva da Guarda Municipal durante a temporada de ventos, quando aumenta a prática de soltar pipas na cidade. A operação contra o cerol será diária até o fim do mês, como forma de prevenir acidentes graves e fatais. O cerol não apenas corta linhas, mas pode atingir motociclistas, ciclistas, pedestres e até mesmo os próprios praticantes.
Casos de ferimentos profundos, mutilações e até mortes já foram registrados em outras cidades, e Hortolândia quer evitar tragédias semelhantes. A fiscalização seguirá firme, com o recado claro: quem for pego com cerol, paga caro. Além do bolso, o risco pode custar uma vida.
