O São Paulo decidiu adiar a votação do contrato de patrocínio com a Magnum Bank, inicialmente marcada para a noite desta segunda-feira (17) no Conselho Deliberativo. A decisão ocorre em meio a divergências internas e questionamentos sobre a empresa e seu CEO, Roberto Graziano.
Segundo apuração do Arquibancada Tricolor, dirigentes do clube afirmam que o adiamento se deve à necessidade de mais tempo para analisar os termos do acordo e aprofundar a avaliação sobre a patrocinadora. Conselheiros da oposição, por sua vez, dizem que ainda buscam compreender melhor a reputação da Magnum e os antecedentes de seu principal executivo.
Empresário do banco que fechou com o São Paulo é citado em investigação
Roberto Graziano, empresário por trás do banco digital e atual CEO do São Bernardo, é citado em relatório da Polícia Civil do Estado de São Paulo que investiga possível associação de Augusto Melo, ex-presidente do Corinthians, com o crime organizado. O documento, assinado pelo delegado Tiago Fernando Correia, aponta suposta ligação de Graziano ao financiamento da campanha de Melo no clube alvinegro.
Mesmo envolvido em polêmicas, Graziano esteve recentemente em evento no Morumbi para o lançamento do relógio comemorativo dos 20 anos do tricampeonato mundial de 2005. O produto foi apresentado pela Magnum Relógios, empresa que também pertence ao dirigente.
Apesar das controvérsias, o acordo com o banco é financeiramente relevante. De acordo com informações publicadas pelo GE, o São Paulo poderia receber cerca de R$ 3,6 milhões anuais, além de bônus vinculados ao desempenho das receitas bancárias geradas pela parceria. A marca da Magnum seria estampada nas mangas das camisas de jogo e treino do Tricolor em contrato válido até 2031.
Sem consenso entre conselheiros e sob pressão por esclarecimentos, a diretoria buscará novos debates antes de retomar a votação, ainda sem data definida.
