Nesta terça-feira, 28, os criadores do projeto SAFiel, apresentaram o projeto que promete transformar o Corinthians numa SAF mantendo os torcedores como acionistas. Eles também declararam que há barreira dentro do clube que impedem do projeto seguir adiante.
Carlos Teixeira, um dos criadores do projeto, alega que estão tentando construir pontes, mas nomes como o de Romeu Tuma, presidente do Conselho Deliberativo, deixaram de responder às novas tentativas de contato.
— Estamos nos esforçando para construir essas pontes. Nos reunimos com Romeu Tuma, depois enviei seis mensagens e ele resolveu não me atender. Lamento. A gente fica esperançoso porque não é falta de tentativa. Não construímos as pontes necessárias ainda, mas sabemos que muitas pessoas gostam do projeto. Vamos continuar insistindo, declarou em entrevista a Gazeta Esportiva.
Carlos também acredita que o projeto está avançado e conta com apoio da torcida, além de reforçar o convite para novas reuniões com membros da diretoria alvinegra. Osmar Stabile confirmou presença no evento de divulgação da SAFiel, mas não esteve presente.
— Entendemos que estamos em um estágio maduro do projeto, mas estamos abertos a ajustes. Depende muito da boa vontade deles e do engajamento da torcida.
O que é a SAFiel?
O projeto prevê uma SAF, mas administrada pelos torcedores. O clube seria administrado por conselhos escolhidos por todos os acionistas, porém, ao contrário do contexto do clube social atual, haveria ações a preços populares e outras mais caras com maior peso.
A ideia é buscar investimentos no mercado financeiro, mas também apostar na força da torcida. Os órgãos passariam por auditorias frequentes para afastar irregularidades. R$ 2,5 bilhões é o valor que o grupo espera arrecadar com as vendas de ações do clube.
Haveriam três possibilidades
- Ações populares
- Ações para corintianos com maior poder aquisitivo
- Ações para investidores profissionais, fundos de investimentos e empresas
Neste cenário, o departamento de futebol seria separado do clube social.
A situação deve ser colocada como uma proposta formal em breve para o Conselho votar.
O Corinthians alega que os integrantes ainda não protocolaram formalmente a proposta junto a Comissão de Reforma do Estatuto.
