O debate sobre a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) voltou a ganhar força no São Paulo nos últimos dias. O movimento foi impulsionado pelo empresário Diego Fernandes, de 40 anos, fundador da O8 Partners e declaradamente são-paulino. Conhecido por sua atuação no mercado financeiro e por ter participado da articulação que levou Carlo Ancelotti ao comando técnico da Seleção Brasileira, ele revelou publicamente que pretende estruturar um plano de investimento no clube do MorumBIS.
Nos últimos meses, Diego tem publicado imagens entregando camisas do Tricolor a personalidades como Ronaldinho Gaúcho e o piloto Valtteri Bottas, indicando aproximação com figuras influentes do esporte. Em entrevista ao repórter Gabriel Sá, do UOL Esporte e do Arquibancada Tricolor, ele afirmou ter apoio de investidores nacionais e estrangeiros para avançar no projeto, mas condicionou qualquer passo a mudanças profundas na estrutura política do São Paulo.
Ele garante que está pronto para investir no São Paulo
“Fui autorizado a falar por esse grupo que estamos prontos para investir no São Paulo — desde que o clube modernize seu Estatuto, que, até onde consta para nós, é de 1950 e extremamente ultrapassado. O modelo de eleição também é muito atrasado. Além disso, há a questão do clube-empresa. Tendo esses dois pontos resolvidos, estamos prontos para investir no São Paulo”, declarou o empresário, ressaltando que não pretende exercer cargos políticos no clube. “Conversei bastante com o pessoal e deixei claro que não tenho pretensão nenhuma de ser presidente ou conselheiro do clube.”
Diego também relatou que o diálogo com conselheiros foi marcado pela necessidade de união interna para permitir avanços. “Acho que é um momento de união. Existe um ditado famoso: ‘casa que falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão’. É preciso união dos conselheiros e pressão dos sócios para promover mudança”, afirmou.
O empresário revelou ainda como surgiu a ideia de se envolver diretamente com o futuro financeiro do São Paulo. Segundo ele, a iniciativa ganhou força após ser abordado por torcedores no jogo contra a LDU, na Copa Libertadores. “Acabei tendo uma visibilidade grande com o Ancelotti, então hoje é comum que os torcedores me parem… A história começa assim”, explicou. A partir daí, começou a sondar potenciais parceiros no mercado e encontrou receptividade imediata.
Diego reforça que age apenas como um torcedor que deseja contribuir, mas deixa claro que a modernização estrutural é condição indispensável para que qualquer projeto, incluindo a possível implementação de uma SAF — avance de forma concreta no São Paulo.
