Carlo Ancelotti vem deixando claro desde sua chegada: cada amistoso do Brasil até a Copa do Mundo de 2026 deve ser encarado como um jogo da própria competição. A mensagem, repetida nos treinos e no vestiário, ficou evidente no triunfo por 2 a 0 sobre Senegal, neste sábado (15), em Londres.
O rival africano chegou ao Emirates Stadium com 26 partidas de invencibilidade, a maior sequência do planeta entre seleções, e jamais havia perdido para o Brasil. Porém, a postura imposta pela equipe brasileira mudou o roteiro. Em menos de dez minutos, o time acumulava quatro finalizações e acelerava o jogo como se valesse classificação.
Veja o que disse Ancelotti
“Foi o que o mister pediu pra gente: muita entrega. Sem a bola, todo mundo tinha que correr, se ajudar”, contou Rodrygo após a partida. Segundo ele, a Seleção buscou transformar o amistoso em um duelo de alta exigência, como a comissão técnica vem cobrando. “A gente conseguiu mostrar para o mundo a ideia que a gente tem de jogo.”
O que chamou atenção no estádio foram os detalhes. Vini Jr. dando carrinho para evitar um lateral, Bruno Guimarães comemorando uma dividida como um gol, Estêvão e Rodrygo voltando até a defesa para travar laterais adversários, Gabriel Magalhães vibrando ao cortar um contra-ataque. Gesto a gesto, a Seleção reproduziu o clima competitivo que Ancelotti determinou.
“A gente já está no clima de Copa do Mundo”, afirmou Wesley, da Roma. “Mostra a vontade que todo mundo tem de chegar lá e fazer um grande trabalho.”
Rodrygo reforçou a linha adotada pelo treinador:
“Acho que todos os jogos até agora serão assim: clima de Copa do Mundo. Pelo menos o Brasil vai entrar em campo com esse sentimento.”
Com a orientação firme de Ancelotti e a resposta imediata em campo, o Brasil inicia seu ciclo de preparação exibindo intensidade rara para amistosos, e construindo a identidade que pretende levar ao Mundial de 2026.