CBF reduz número máximo de partidas por clube entre 2026 e 2029

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Rafael Ribeiro / CBF

A CBF oficializou nesta sexta-feira (10) o novo calendário do futebol brasileiro para o período entre 2026 e 2029, marcando uma das primeiras grandes decisões sob a gestão de Samir Xaud. O novo formato prevê uma redução no número máximo de partidas por clube, que passará a ser de 7,2% a 12% menor do que nas temporadas anteriores — uma medida que atende a uma demanda antiga dos clubes por mais descanso e organização.

Segundo a CBF, o objetivo é equilibrar a carga física dos atletas e otimizar o calendário, evitando excessos e sobreposições de competições. A principal alteração recai sobre os campeonatos estaduais, que terão no máximo 11 datas. A Copa do Brasil também sofrerá ajustes, com final única e fases eliminatórias em jogo único, enquanto o Brasileirão seguirá com 38 rodadas, ocupando todo o calendário anual, de janeiro a dezembro.

O novo modelo foi impulsionado por dados preocupantes de 2024, quando sete clubes ultrapassaram a marca de 70 partidas disputadas. O Botafogo, campeão da Libertadores e do Brasileirão, chegou a 74 jogos — algo que, segundo a CBF, não voltará a ocorrer dentro do novo formato.

Antes da mudança, uma equipe que disputasse todas as competições nacionais e continentais poderia jogar até 80 partidas, chegando a 84 se participasse da fase preliminar da Libertadores. A partir de 2026, o limite cairá para 73 a 78 partidas por temporada, dependendo do desempenho nas competições.

A CBF esclareceu ainda que, mesmo com a eventual coincidência de datas entre Série A e Estaduais, apenas quatro rodadas poderão ser intercaladas. Competições adicionais, como Recopa Sul-Americana e Supercopa do Brasil, permanecem no calendário, mas dificilmente levarão os clubes à antiga marca de 80 jogos anuais.


Comparativo: número de partidas antes e depois da mudança

Antes da mudança (até 2025):

Depois da mudança (a partir de 2026):

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