Tarifas de Trump sobre o Brasil repercute, confira:

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Tarifas de Trump: o mercado financeiro brasileiro enfrentou um dia de forte instabilidade nesta quarta-feira (9). O dólar comercial fechou acima de R$ 5,50 pela primeira vez desde junho, impulsionado por tensões diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos. A bolsa de valores também recuou, encerrando a sessão com a terceira queda consecutiva.

Dólar dispara com tensão política

A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,503, com alta de 1,06% (R$ 0,058). A alta ganhou força no meio da tarde, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto.

A última vez em que o dólar havia superado esse patamar foi em 25 de junho. Com o resultado desta quarta, a moeda acumula alta de 1,26% em julho, embora ainda registre queda de 10,97% no ano de 2025.

Ibovespa recua 1,31% com liquidez reduzida

O Ibovespa, principal índice da B3, terminou o pregão em queda de 1,31%, aos 137.481 pontos. A sessão teve baixa liquidez por conta do feriado estadual de 9 de julho em São Paulo, o que contribuiu para o recuo generalizado nas ações listadas.

Carta de Trump cita Bolsonaro e STF

A tensão aumentou após Trump divulgar uma carta em que justifica as novas tarifas como resposta a supostos “ataques do Brasil contra eleições livres” e à liberdade de expressão de cidadãos americanos. No documento, o presidente dos EUA também citou o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu no STF por tentativa de golpe de Estado, além de mencionar decisões da Corte contra apoiadores de Bolsonaro que vivem nos Estados Unidos.

Governo Lula prepara resposta

Diante do agravamento da crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto com o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros. O objetivo é definir uma resposta diplomática e comercial à ameaça de Trump.

No primeiro semestre de 2025, a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos registrou superávit para os norte-americanos: o Brasil importou US$ 1,675 bilhão a mais do que exportou ao país.

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