O ex-presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta segunda-feira (8) o relatório da Polícia Federal (PF) que o indiciou no esquema de venda ilegal das joias recebidas de autoridades estrangeiras durante seu governo. Através das redes sociais, Bolsonaro descredibilizou a acusação e ironizou a correção feita pela PF no valor que teria sido desviado.
No relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF inicialmente estimou que os desvios totalizariam R$ 25 milhões. Posteriormente, o delegado responsável pelo caso corrigiu a informação, afirmando que o montante pode chegar a R$ 6,8 milhões.
“Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias desviadas estão na CEF, acervo ou PF, inclusive as armas de fogo. Aguarda-se a PF se posicionar no caso Adélio: ‘quem foi o mandante?’ Uma dica: o delegado encarregado do inquérito é o atual diretor de inteligência”, escreveu Bolsonaro.
Segundo a PF, parte das joias sauditas recebidas pelo governo de Bolsonaro foram transportadas para fora do país em uma mala no avião presidencial no dia 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro deixou o Brasil para uma temporada nos Estados Unidos no final de seu mandato. Os investigadores concluíram que, devido à ausência de movimentações financeiras nas contas de Bolsonaro, ele utilizou o dinheiro obtido com a venda das joias para se manter nos Estados Unidos.
