São Paulo
Linha de produção pode entregar até seis casas populares por dia
A construção civil no Brasil é marcada por características artesanais, ou seja, por uma manufatura altamente dependente do conhecimento e da experiência do operário, em que são muito comuns o descumprimento de prazos e orçamentos e o acúmulo de problemas após a ocupação das residências. Soma-se a este contexto, no caso de moradia de interesse social, um déficit habitacional estimado em mais de seis milhões de residências.
Buscando contribuir com conhecimentos para subsidiar soluções para esses problemas, uma tese de doutorado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGECiv) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) projetou e testou – usando simulação computacional – uma planta de produção industrial capaz de entregar até seis casas unifamiliares a cada 24 horas, usando a tecnologia denominada “light steel frame”, que substitui estruturas de alvenaria por módulos constituídos a partir de perfis de aço galvanizado.
A pesquisa – realizada por André Luiz Vivan, hoje docente na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), sob a orientação de José Carlos Paliari, docente no Departamento de Engenharia Civil (DECiv) da UFSCar – recebeu seu primeiro prêmio ainda como projeto, em 2013, quando conquistou o segundo lugar no Prêmio Caixa de Projetos Inovadores com Aplicabilidade na Indústria. Agora, acaba de ficar em primeiro lugar em premiação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (24º Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade), na categoria Pesquisa Acadêmica.
O primeiro passo da pesquisa – iniciada ainda no mestrado de Vivan, engenheiro civil pela UFSCar e também mestre pelo PPGECiv – foi a adaptação da planta de unidades habitacionais desenvolvidas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), originalmente concebida para construção em alvenaria. A nova configuração, em um total de 38 m2, foi concretizada em quatro módulos, sendo dois dormitórios, uma sala de estar e um módulo composto por cozinha, banheiro e hall de entrada.
Em seguida, a grande inovação foi combinar uma técnica de produção consagrada – a linha de montagem – com uma tecnologia de construção – o light steel frame – ainda pouco utilizado no Brasil em comparação a outras tecnologias, um arranjo sem precedentes no País. Além disso, o trabalho incorporou um terceiro pilar, a filosofia de gerenciamento chamada de manufatura enxuta (lean production), voltada à redução de desperdícios. Vivan conta, no entanto, que o maior desafio para ele foi projetar a unidade industrial e modelá-la para os testes no software de simulação de processos. “Este passo exigiu conhecimentos não usuais na minha área, próprios da Engenharia de Produção. Além disso, para simular e buscar o cenário mais eficiente de produção, foi necessário alimentar o modelo com dados de produtividade da construção em light steel frame, ou seja, com informações sobre a duração dos serviços em cada estação da linha de montagem”, explica o pesquisador.
Vivan buscou esses dados em campo, ou seja, em obras reais, e também na literatura sobre construções do tipo em outros países. Ao todo, foram sete os cenários simulados, mudando parâmetros – como, por exemplo, o desenho da linha de montagem e o número de operários em cada estação, dentre outros – até chegar à entrega de uma casa a cada quatro horas (em uma simulação de produção de 500 unidades habitacionais). Os módulos foram pensados para serem transportados com facilidade, já montados, até o lugar definitivo da residência, onde é necessário realizar apenas a obra das fundações, a ligação entre os módulos e acabamentos relacionados e a conexão à infraestrutura (redes elétrica, de água e esgoto).
Além das vantagens já apontadas, os responsáveis pela pesquisa listam benefícios em termos de sustentabilidade ambiental, econômica e social. Ambientalmente, o método construtivo utiliza materiais recicláveis, e também está associado a economia de energia e, sobretudo, água, além da redução de desperdício em geral. Na esfera econômica, temos a abertura de nova linha de negócios e o aumento da produtividade na indústria da construção civil. Por fim, socialmente, destacam-se a possibilidade de redução do déficit habitacional brasileiro, melhores condições de trabalho para operários e, para o usuário final, a entrega de produtos de melhor qualidade.
A íntegra da tese pode ser conferida no Repositório Institucional da UFSCar [https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/8164]. Neste link, é possível assistir vídeo encaminhado à premiação da CBIC, em que é possível visualizar a linha de montagem e o processo de construção das habitações.
São Paulo
Elaboração de materiais didáticos em escolas de SP com uso do ChatGPT causa preocupações
O governo do estado de São Paulo planeja utilizar inteligência artificial na criação de materiais didáticos. Contudo, segundo fala Ana Altenfelder, presidente do Conselho de Administração do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), isso gera certas preocupações e demanda atenção.
Altenfelder disse, para o Agência Brasil, que essa iniciativa não deve diminuir o papel central dos professores na educação. Além disso, destaca que muitas vezes se comete o equívoco de considerar o professor apenas como um executor de materiais didáticos, quando essa importância é enorme.
Um exemplo citado por Altenfelder é a decisão da secretaria, no ano passado, de substituir os livros didáticos físicos do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD) por materiais digitais, como slides, medida que gerou críticas por parte dos professores.
Após a mobilização dos docentes e a repercussão negativa, a secretaria voltou atrás e manteve os livros físicos nas salas de aula.
Devemos considerar, também, a qualidade dos materiais didáticos
Segundo a pesquisadora, essa mudança foi feita sem considerar a qualidade dos materiais, em detrimento dos livros didáticos tradicionais, que passam por um processo de elaboração e análise contínuos por parte de especialistas e professores.
Para Altenfelder, é essencial valorizar e preservar recursos educacionais de qualidade, que são fundamentais para o desenvolvimento dos alunos e o apoio aos professores em sua prática pedagógica.
São Paulo
O futuro da água em São Paulo, privatização da Sabesp é aprovada em primeira votação
Na última quarta-feira (17), a Câmara dos Vereadores de São Paulo deu um passo significativo rumo à privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo abastecimento de água na região. Com 36 votos a favor e 18 contrários, o Projeto de Lei 163 de 2024 foi aprovado em primeira votação, alterando a legislação municipal para possibilitar a adesão da capital paulista à privatização da empresa.
Se aprovado definitivamente, o projeto autorizará a manutenção dos contratos com a Sabesp após sua transferência para a iniciativa privada. A segunda votação ainda não tem data marcada, mas promete ser decisiva para o futuro do abastecimento de água na cidade.
Os defensores do projeto, como o vereador Sidney Cruz (MDB), argumentam que a privatização da Sabesp é crucial para alcançar a universalização do saneamento básico até 2029, beneficiando milhares de pessoas, especialmente aquelas que vivem em áreas carentes.
No entanto, críticas à privatização também foram levantadas, como a da vereadora Luna Zarattini, do PT. Ela aponta para casos como a transferência da administração da Companhia de Águas do Rio de Janeiro para a iniciativa privada, onde não houve melhoria nos serviços e nem redução nas tarifas.
A nível estadual, o projeto de lei para a privatização da Sabesp já passou pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) em dezembro de 2023 e foi sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas. Atualmente, metade das ações da Sabesp está em mãos privadas, com o governo mantendo o controle majoritário.
Com lucros bilionários em 2022 e um amplo alcance de serviços, a Sabesp é uma peça chave no fornecimento de água para 375 municípios e 28 milhões de clientes. A privatização representa um marco na gestão dos recursos hídricos da região, com promessas de melhorias, mas também levanta preocupações sobre o futuro do acesso à água e as tarifas para a população.
São Paulo
São Paulo oferece 17 Mil vagas de emprego através dos PATs
De acordo com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, o estado de São Paulo disponibiliza atualmente 17.288 oportunidades de trabalho por meio dos Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs). Na capital e região metropolitana, existem 7.140 vagas, enquanto o interior apresenta 9.382 postos abertos e o litoral, 766.
Nas áreas mais destacadas, a região administrativa de Campinas oferece 4.770 empregos, e Sorocaba, 1.536. Outras regiões como Araçatuba, Araraquara e o Vale do Paraíba também têm um número considerável de oportunidades, com 739, 538 e 848 vagas, respectivamente.
Existem vagas para mais de 500 diferentes profissões, sendo as mais numerosas para Auxiliar de Logística, Alimentador de Linha de Produção, Faxineiro, Atendente de Lanchonete e Operador de Telemarketing Receptivo.
A Secretaria do Desenvolvimento Econômico atualiza diariamente o número de postos de trabalho disponíveis. Além das oportunidades de emprego, os PATs oferecem serviços essenciais como habilitação ao Seguro-Desemprego e emissão da Carteira de Trabalho sem custos.
Para mais detalhes, os interessados podem visitar o Portal do Governo de São Paulo, procurar o PAT mais próximo ou consultar a prefeitura de seu município.
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